Os dias passam estranhos
Com a estranha impressão de que não passam.
Parecem vazios, confusos, incomuns.
Isolado em um casulo
Adormeço num sono profundo
Que me desliga dos outros e do mundo.
Na dormência incontida
Alimento-me apenas de lembranças
da vida que um dia tive
e hoje me surge como esperança.
Fragmentos de felicidade
esvoaçam a memória,
Mas já nem sei se esse é o nome
Ou apenas uma ilusão que não some.
Os sonhos se confundem com o real
E já não sei mais se prefiro
Estar acordado ou adormecido.
Sonhando, me encontro comigo
E com aqueles cujas presenças
hoje se tornam impossíveis.
No casulo fechado
tudo parece isolado
por um véu fino e transparente
que me confunde a mente
mas arruma o coração.
E sei que quando o casulo se abrir
O sol voltará a brilhar
felicidade voltarei a sentir
E o amor voltará a reinar.
Maria de Beauté
0 comentários:
Postar um comentário