Nas folhas do meu pensamento
e como um sopro de vento
você se tornou real.
A perfeição embutida em uma capa envelhecida
de um rosto sério por trás
de um homem sem críticas
sem nenhum escape ou pistas,
sem nada que demonstrasse mais.
Mas eu vi você, querido
dentro de olhos negros e grandes
que não escondem no fundo uma alma
que suplanta qualquer perfeição conceitual.
Ahh e quando eu vi não tive dúvidas
era você que procurava
e quem nem esperava encontrar.
Era você, você lá dentro
por baixo de todo aquele tento
um homem que na verdade se faz.
O que mostra o sorriso, o abraço,
O que mostra do sensível um traço
O que não tem medo de se encantar.
Então vendo você, querido
Eu quis embarcar na imperfeição que buscava
fora da normalidade que imaginava
eu quis o você que você escondia.
E tão bem isso fazia que não quis se entregar
preferiu a perfeição humana
imperfeita por não existir
preferiu sentimentos normais
sentimentos normais
sentimentos banais
que não escapam os bom homem certo.
Mas não esqueço, querido
que eu vi você e reconheci
pelas lentes de um sentimento
sei que você também me viu
e disso não vai esquecer.
Maria de Beauté
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