Abro a janela e vejo um caminho
Não sei onde vai dar,
Mas quero percorrê-lo.
O caminho que vejo é cheio de flores
que se alegram à luz do sol
e me convidam a caminhar.
Deixo a janela e sigo o caminho
descubro nele obstáculos e imperfeições
as flores de perto já não são tão belas
a luz do sol agora queima
os espinhos machucam,
mas o caminho seduz.
A dor me obriga a voltar à janela
de lá vejo mais adiante
adiante de tudo que era comum.
Nuvens densas escurecem o caminho
não consigo ver o seu fim.
Vou sair da janela, vou sair daqui!
Quem sabe depois das nuvens haja um mundo
Vou conhecê-lo e só então
Saber o que quer de mim.
Livre da janela vejo o mundo
bem diferente daquele de outrora
O mundo que vejo me amedronta,
mas não paralisa, pelo contrário,
convida-me a entrar.
E agora que já estou aqui
nem que queira posso voltar
sinto-me parte desse meio
apesar dos medos que ainda tenho.
Lembro-me do caminho,
das flores e das pedras,
da beleza e da dor.
Maria de Beauté
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