"Aqui estão os manuscritos - minhas únicas cópias - para sua esposa. Não os mostre a ninguém. (...) Não estou incluindo os romances. Por que reavivar as velhas lutas? Só porque ainda não os queimei? Na próxima vez em que eu o vir, espero que tenha sido feito. Qual o sentido de se resguardar trabalhos assim tão ilegítimos? Por que se espera que esses fragmentos de alguma forma se combinam para formar o meu todo, alguma côrte de apelação em cujo peito poderei me atirar quando necessitado? Sei que não é possível, que daí não vem auxílio nenhum. Então o que devo fazer com essas coisas? Desde que elas não me possam ajudar, vou deixá-las me prejudicar, em vista desse conhecimento?"
Franz Kafka em carta a Max Brod
Praga, fins de dezembro de 1917
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