Sinto sem tocar a pele que em brasa ardeia
Na superfície inebriada das constelações crossais
Na janela da inverdade de fina candeia
Em um mundo que invento com letras semanticais.
Minto o fogo que deveras não sinto
Mas sinto como se sentisse em toque não dei
Por vezes credito a inveratez do não fazer
Pois tão forte a sensação sentida
Daquilo que apenas desinventei.
Nas letras da palavra imaginativa
Até crio o sentido que não tive
Mas quem vai descobrir a minha vida
Se até mesmo eu me perco na investida?
Maria de Beauté
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