A UMA DAMA CRIOULA
Conheci uma crioula de encanto ignorado.
E cuja sombra nosso olhar se delicia,
Sob um dossel de agreste púrpura bordado,
No inebriante país que o sol acaricia,
A graciosa morena, cálida e arredia,
Tem na postura um ar nobremente afetado;
Soberba e esbelta quando o bosque a desafia,
Seu sorriso é tranqüilo e seu olhar ousado.
Tu que és digna de ornar os solares altivos,
Junto às margens do Sena ou onde o Loire se lança,
Caso viesses, Senhora, à heróica e eterna França,
Farias, ao abrigo das sombras discretas,
Mil sonetos brotar no coração dos poetas,
Que de teus olhos, mais que os negros, são cativos
Conheci uma crioula de encanto ignorado.
E cuja sombra nosso olhar se delicia,
Sob um dossel de agreste púrpura bordado,
No inebriante país que o sol acaricia,
A graciosa morena, cálida e arredia,
Tem na postura um ar nobremente afetado;
Soberba e esbelta quando o bosque a desafia,
Seu sorriso é tranqüilo e seu olhar ousado.
Tu que és digna de ornar os solares altivos,
Junto às margens do Sena ou onde o Loire se lança,
Caso viesses, Senhora, à heróica e eterna França,
Farias, ao abrigo das sombras discretas,
Mil sonetos brotar no coração dos poetas,
Que de teus olhos, mais que os negros, são cativos
Charles Baudelaire
0 comentários:
Postar um comentário